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Bate Bola – Priscilla Lopes

Alegre e bem articulada, a gerente de Recursos Humanos da Larco, Pricilla Lopes, baiana e natural de Salvador, fala entre risos. Há quase sete anos na distribuidora, acompanhou muitas mudanças na empresa, já viveu muitas histórias na Larco e marcos em sua própria vida, a exemplo do nascimento do filho, hoje com cinco anos. “Ele já vem aqui e chama ‘tia Ana’”, conta, “porque é o contexto que ele está vivendo, da mãe trabalhando na Larco”. A cultura da distribuidora, onde os colaboradores, gestores e alta gestão se importam uns com os outros, se envolvem com dilemas pessoais, é essencial para Pricilla. “Eu sempre falo que, na Larco, as pessoas não são números de matrícula. Conheço suas histórias, a gente acompanha mesmo. Mas não falo isso porque sou do RH, não, é um comportamento normal aqui e é bacana demais”. Nos últimos meses, com a abertura de novas bases, enfrentou o delicioso desafio de montar novas equipes, conhecer os novos rostos da Larco e se envolver com novas histórias. 

 

LARCO NEWS  A nova base em Jequié necessitou de novos trabalhadores para atendê-la. Qual o principal desafio na hora de montar novas equipes?

A gente tem aquilo que é o padrão e tem aquilo que é o atípico do momento, no caso, a pandemia. Mas quando vamos montar uma equipe – eu particularmente já vivenciei isso algumas vezes, em Senador Canedo e Uberaba, por exemplo – o desafio maior é encurtar distâncias e manter a qualidade do processo seletivo. Temos um processo bem denso, porque passa por várias etapas, então manter essa qualidade sem estar perto das pessoas é um desafio muito grande. Em Jequié foi assim também, por isso buscamos parcerias com empresas que nos dão esse suporte, nos colocando bem representados naquela situação, para mantermos a qualidade. Falam muito do nosso processo seletivo porque eu brinco que viramos a vida da pessoa do avesso para alcançarmos um nível de assertividade muito bacana, mesmo distante, nessas unidades novas. Fazemos entrevista, pedimos documentação, realizamos avaliação psicológica, há entrevista técnica e, em alguns casos, avaliação prática. São realmente algumas etapas, mas fazemos isso sem constranger ou prejudicar ninguém. Hoje a gente está do lado de cá, de quem faz os processos, mas eu também já participei de alguns e sei o que incomoda, o que é ruim. O processo por si só já gera ansiedade e às vezes se perde um profissional bom porque ele foi tão constrangido que não conseguiu mostrar aquilo que realmente é, e isso não é nossa intenção, nem deve ser a intenção do recrutador. Claro que existem situações em que você precisa testar se o candidato vai dar conta de lidar com a pressão, mas é possível fazê-lo de outras formas. Procuramos conduzir os processos de maneira leve, para que a pessoa não se sinta prejudicada, mas com uma investigação aprofundada, para que a gente consiga de fato perceber se aquele perfil tem as competências e habilidades exigidas para a função, se ele vai se encaixar na nossa cultura. 

 

LARCO NEWS Muitas pessoas têm interesse em fazer parte do quadro de trabalhadores da Larco. O que a distribuidora mais busca em seus novos colaboradores?

É um misto de competências. O conhecimento técnico é muito importante, mas a inteligência emocional também, para dar conta das relações humanas, além da disponibilidade de se atualizar. Isso é uma coisa que temos falado muito aqui dentro, com os nossos colaboradores, porque se a gente entra e estanca o conhecimento, a pessoa acaba não acompanhando a velocidade da empresa. Como a Larco é muito dinâmica e está nesse processo de expansão, ela abre muitas possibilidades e oportunidades, mas para aqueles que se atualizam. 

 

LARCO NEWS Durante seu trabalho na Larco, houve alguma história inesquecível ou emocionante envolvendo alguma seleção ou colaborador?

Foram tantas histórias, tantas situações, mas essa que vou falar eu sempre lembro. Uma colaboradora cometeu suicídio no início do ano passado. Era uma mulher linda, jovem, com família e que aparentemente, olhando de longe, parecia não ter motivos para tirar a vida. Isso me mobilizou demais e a empresa também. Comecei a fazer uma campanha muito intensa com os gestores para ter um olhar mais apurado, não somente o olhar para a competência técnica, mas também um olhar mais atento para o sofrimento do outro. Por isso a importância da inteligência emocional, do relacionamento interpessoal, porque são pessoas que estão ao nosso redor. Pessoas sofrem, adoecem, se frustram, se apaixonam e precisamos ter esse olhar para o outro. A ação reverberou nas equipes e nós conseguimos salvar, nesse caminho, alguns colaboradores com quadros de depressão identificados por colegas e gestores. Assim, a partir de uma história que foi trágica, onde infelizmente não tivemos muita possibilidade de atuação, revertemos a situação para cuidar de outras pessoas. Uma claramente verbalizou que estava com ideação suicida, e conseguimos ajudar, encaminhando para tratamento psicológico. Já outra pessoa foi ajudada indiretamente, quando fizemos uma ponte com colegas próximos, e essa pessoa também foi acolhida. Então, uma tragédia nos mobilizou a ponto de conseguirmos ajudar outras pessoas. Ficamos ainda mais atentos para os outros. 

 

LARCO NEWS Hoje a Larco está crescendo e atingindo novos estados. Como consegue gerir equipes em tantos lugares diferentes e manter o sentimento de união?

Isso começa no processo seletivo, onde buscamos pessoas com esse olhar para o outro. Então, quando elas já têm essa competência um pouco mais desenvolvida, facilita. No caso dos gestores, temos reuniões sistemáticas pelo menos uma vez por mês para manter a integridade dos processos e das relações, o que também ajuda muito, porque vamos alinhando a comunicação, a postura. O contato próximo do RH com a alta gestão reverbera nas equipes, porque não tem como a gente estar em todos os lugares, mas se você consegue transmitir isso para o gestor, fazê-lo entender que esse é o jeito Larco de ser, a nossa forma de se comportar enquanto empresa, termina reverberando. Se alguma coisa está destoante, a gente puxa as rédeas. Há também o acompanhamento, feito sistematicamente, com os próprios funcionários, conhecemos a realidade das pessoas não só quando elas entram na empresa, as situações passam por mim. Os gestores também já estão orientados a comunicar qualquer situação atípica. Então, a receita seria essa: um elo forte entre o início do processo, reverberar na alta gestão e o acompanhamento individualizado com cada colaborador. 

 

LARCO NEWS Qual a principal recomendação que você daria para os colaboradores que estão na Larco hoje e buscam atingir melhores colocações? 

Se atualizar. Eu chego a ser chata com esse mantra. Tem que estudar, se desenvolver, fazer terapia. Não é só desenvolvimento de competência técnica, mas também como pessoa. Porque às vezes você tem profissionais muito bons tecnicamente, mas que são mais difíceis de lidar. Às vezes é preciso fazer um processo terapêutico, praticar uma atividade física, para não sair descontando problemas nos outros. Eu falo mesmo, tem pessoas para quem eu já disse “você precisa fazer terapia”. Em vez de ser uma brisa suave para alguém que está num dia quente, você está sendo um deserto para quem está com sede. A gente precisa se resolver para ajudar a resolver a vida dos outros. Quem está bem resolvido, em seu emocional, facilmente consegue lidar com adversidades. Mas se você já está carente, com problemas, aí eu já puxo a sardinha para o meu lado, porque eu sou psicóloga, meu olhar é um outro olhar. Então sempre falamos: quem deseja se desenvolver na Larco precisa se atualizar tecnicamente, mas precisa também ser uma pessoa com essas outras competências que falei. Aí é certeiro. As oportunidades vão acontecer.  

 

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