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Um programa para a substitui\u00e7\u00e3o de\u00a0gasolina\u00a0por\u00a0etanol\u00a0em frotas corporativas de ve\u00edculos no Brasil conseguiu aprova\u00e7\u00e3o para emitir cr\u00e9ditos de carbono, a primeira vez que esse tipo de troca de combust\u00edvel gera redu\u00e7\u00f5es de emiss\u00f5es negoci\u00e1veis.<\/p>\n

Segundo a empresa que lidera o programa, um lote inicial de 2.195 cr\u00e9ditos volunt\u00e1rios de carbono j\u00e1 foi emitido pela norte-americana Verified Carbon Standard (VCS), o maior programa global de redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de gases estufa no mercado volunt\u00e1rio.<\/p>\n

Um segundo lote de aproximadamente 6.000 cr\u00e9ditos dever\u00e1 ser lan\u00e7ado em breve, disse a Ecofrotas, a maior gestora de frotas corporativas do Brasil, com cerca de 700.000 carros.<\/p>\n

O VCS \u00e9 uma organiza\u00e7\u00e3o sem fins lucrativos que concede cr\u00e9ditos de carbono para projetos volunt\u00e1rios que comprovadamente reduzem emiss\u00f5es de gases do aquecimento global.<\/p>\n

No Brasil, um pa\u00eds onde mais de 60 por cento dos carros podem rodar com etanol, a iniciativa da Ecofrotas pode oferecer a empresas uma op\u00e7\u00e3o para reduzir suas pegadas de carbono, ou uma forma de gerar receita extra com a venda dos cr\u00e9ditos, ainda que no momento essa \u00faltima alternativa seja pouco prov\u00e1vel de ocorrer, devido aos baixos pre\u00e7os do carbono.<\/p>\n

“Foi um processo complexo, porque n\u00e3o existiam metodologias aprovadas para receber projetos que pudessem gerar cr\u00e9ditos a partir da troca de gasolina por etanol”, afirmou Gustavo Somogyi, gerente de Inova\u00e7\u00e3o na Ecofrotas.<\/p>\n

“N\u00f3s tivemos que criar a metodologia e submet\u00ea-la para aprova\u00e7\u00e3o no VCS antes de poder ingressar com nosso projeto”, afirmou.<\/p>\n

Projetos de gera\u00e7\u00e3o de cr\u00e9ditos de carbono a partir de troca de combust\u00edvel s\u00e3o comuns no setor de energia, quando uma usina, por exemplo, substitui um combust\u00edvel f\u00f3ssil como carv\u00e3o por biomassa ou outra fonte renov\u00e1vel.<\/p>\n

Mas fazer o mesmo com a troca de derivados de petr\u00f3leo por biocombust\u00edveis em ve\u00edculos era algo mais pol\u00eamico, devido a cr\u00edticas de que alguns combust\u00edveis renov\u00e1veis n\u00e3o teriam credenciais t\u00e3o verdes, por algumas vezes utilizarem muita energia em sua produ\u00e7\u00e3o ou por gerarem impactos no uso do solo devido ao aumento do cultivo das mat\u00e9rias-primas.<\/p>\n

A empresa brasileira \u00e0 frente do programa, auxiliada por sua parceira, a consultoria paulista WayCarbon, incluiu dados de governos como os dos Estados Unidos e da Uni\u00e3o Europeia para justificar o programa.<\/p>\n

Uma an\u00e1lise de 2010 da EPA, a ag\u00eancia de prote\u00e7\u00e3o ambiental norte-americana, disse que a substitui\u00e7\u00e3o da gasolina pelo etanol de cana-de-a\u00e7\u00facar poderia reduzir emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono (CO2) em 61 por cento.<\/p>\n

Uma diretiva da Uni\u00e3o Europeia disse que essa troca cortaria emiss\u00f5es de CO2 em 71 por cento.<\/p>\n

Somogyi disse que cinco empresas com frotas gerenciadas pela Ecofrotas dividir\u00e3o os cr\u00e9ditos neste momento.<\/p>\n

Pelo menos mais 10 empresas j\u00e1 manifestaram interesse em aderir ao programa.<\/p>\n

Apenas cerca de 2.000 carros foram inclu\u00eddos na primeira fase da iniciativa, mas segundo Somogyi cerca de 400.000 ve\u00edculos dos 700.000 que a empresa gerencia s\u00e3o flex e poderiam operar exclusivamente com etanol, tamb\u00e9m se credenciando para receber cr\u00e9ditos.<\/p>\n

Para garantir que as frotas rodem apenas com etanol, as empresas usam um software que bloqueia pagamentos com cart\u00f5es tipo vale-combust\u00edvel quando o condutor tenta abastecer com gasolina.<\/p>\n

Com informa\u00e7\u00f5es: Exame.com<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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