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Mundo Larco

5 de janeiro de 2021

Mercado de combustíveis passa por transformação

O ano começa com a expectativa de muitas transformações no setor de combustíveis, puxadas pela venda das refinarias da Petrobras. A previsão é de que oito sejam comercializadas até o fim de 2021. Esse movimento traz a chegada de novos players em busca de seu market share, cria precificações diferentes, proporciona maior competitividade e gera forte concorrência, já que a estatal vai continuar a negociar combustível. Institui-se, portanto, um cenário com muitas oportunidades e desafios para a Larco, especialmente na compra de produto. 

Com a entrada das companhias privadas, que têm como objetivo a busca por otimizar recursos e maximizar a produção, o mercado ganha com melhoria no atendimento e na produtividade. Cria-se, assim, um novo modelo de negócio para o setor.  As importações também sofrerão impactos: como as refinarias terão novos parceiros, não poderão realizar vendas subsidiadas e passarão a oferecer melhorias no resultado e na precificação. Com isso, o processo de importação contará com uma arbitragem, ou seja, uma possibilidade de equiparação de preço no mercado local, abrindo a perspectiva de importar, além de contar com uma previsibilidade de valores. 

“A partir do momento em que você tem várias empresas produzindo, fornecendo, isso traz a probabilidade de um ambiente mais competitivo e regulado”, explica o diretor de operações da Larco, Márcio Sales. De acordo com ele, as mudanças são positivas para a distribuidora. “Com a venda das refinarias, teremos melhores negociações e a construção de uma relação contratual com os novos proprietários”, explica. “Com a nova precificação na importação, o processo será facilitado na área, um setor onde a Larco já está estruturada para atuar. Há, ainda, oportunidade no mercado de formulação de combustível, principalmente a gasolina, uma tendência à qual a Larco está atenta”. 

Quem também ganha com as transformações do segmento é o consumidor final, não só em relação ao preço dos combustíveis, como também no menor impacto dos valores do produto na inflação, pois o setor não estará mais concentrado nas mãos de uma única empresa.

Desafios

Sales afirma que, para a Larco, o principal desafio estará relacionado ao suprimento, essencial para o crescimento continuado da distribuidora, e estimado em 25% a 30% ao ano. Outro ponto de atenção é a consolidação de fornecedores e modelos de abastecimento logístico para otimizar o resultado da empresa, fazer boas negociações, boas compras e manter todo o suprimento, proporcionando a estrutura para esse crescimento da Larco. 

Biocombustíveis

Em dezembro, a União Europeia aprovou um “roteiro” verde de 1 trilhão de euros (US$ 1,2 trilhão), que o fará parar de financiar projetos de petróleo e gás, e expansões aeroportuárias. No entanto, há estudos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e de órgãos internacionais que trazem uma necessidade de consumo de combustíveis fósseis nos próximos 30 anos, ao menos, e com crescimento. 

 

“Apesar de estarmos passando por um processo de transformação, o consumo é necessário e é uma tendência”, afirma Sales. Segundo ele, a Larco continua investindo nos biocombustíveis, que são uma primeira transição na matriz energética. Os produtos influenciam fortemente o Brasil, principalmente o etanol e biodiesel, na mistura com o diesel, onde há uma propensão de aumentar essa mistura.