Após a tragédia ocorrida em março deste ano em Tempe, no Arizona, onde uma mulher foi atropelada por um veículo autônomo da Uber, a companhia havia interrompido todos os testes desse tipo de carro. Agora, eles voltaram, em Pittsburgh, mas de maneira limitada: apenas no modo manual, por enquanto.

Em um comunicado oficial feito pelo chefe do Uber Advanced Technologies Group, Eric Meyhofer: “Estamos começando com carros no modo manual, com um especialista em missão sentado ao volante e controlando manualmente o veículo o tempo todo. Especialistas desse tipo passam por treinamento intensivo para operar veículos autônomos em nossa pista de testes e em vias públicas. O especialista da missão ao volante é o principal responsável pela manutenção da segurança do veículo, enquanto um segundo especialista, no assento do passageiro, documentará eventos notáveis”, informou.

Apesar de parecer estranho ter motoristas humanos em um programa de direção autônomo, a companhia acredita que isso possa permitir que eles visualizem mais cenários que seus veículos encontrarão em tempo real. Essas interações serão recriadas em um mundo virtual e em pistas de teste para melhorar o desempenho de autodireção, além de ajudar a adicionar mais detalhes em seus mapas.

Após o acidente, a empresa fez várias mudanças nos carros, incluindo um sistema de prevenção de colisões embutido, que agora fica totalmente ativo quando o carro está no modo manual.

Além disso, os tablets presentes nos automóveis — úteis na hora de fornecer instruções passo a passo e informações de status do veículo — foram ligeiramente modificados, visando reduzir, ainda mais, possíveis distrações enquanto os carros estão em movimento.

Mesmo com todas as alterações e o desejo da companhia de voltar aos testes dos veículos no modo autônomo, essa etapa inicial será importante, principalmente, para que ela reconquiste a confiança das pessoas após o acidente.